quinta-feira, 22 de maio de 2014

DERRAMEMOS AMOR


Senhor, nesta noite quero orar por todos os pais. Nossos filhos são sementes do próprio Deus oferecidas a nós não por merecimento, mas por Misericórdia, para que tenhamos a chance de sermos jardineiros da Obra Milagrosa da Vida.
Seres delicados, frágeis e repletos de doçura e inocência, essas flores serão amanhã artífices de grandes obras, capazes de tocar o mundo e serem imortalizadas. Mas, por mais incríveis que possam ser aos olhos do mundo, nenhuma obra será mais sublime, mais rica e imortal que a Obra Prima chamada AMOR. Amemos nossos filhos, cuidemos com o zelo daquele que sabe estar diante do derramar de Deus: Nossas heranças, esperança para o mundo.
Com amor,
Adriano

sexta-feira, 2 de maio de 2014

ENQUANTO VOCÊ DORME

Olho para você. Um milagre de Deus. Sonho de ventura materializado. A vida em movimento. Tento imaginar-me através de seus olhos. O que eu sentiria, como veria o mundo? Como sentiria os momentos em curso?
AMOR. É a sintese que encontro. O querer viver a vida em sua simplicidade, como uma criança, é um ato de amor. O sublime ato de gratidão ao Criador pela vida. Sorrir para a simplicidade da vida é o Amor manifesto. E o olhar abobalhado do pai pela sua cria é meu ato de gratidão a Deus por tamanha alegria.

Eu te amo, meu filho.

Papai

domingo, 14 de abril de 2013

PRESENTE



(By @adrianodiniz73)

"Pessoas são um presente".

Um dia li isso. E endurecido que estava, li mas não senti.

Hoje compreendo enfim o significado.
No espaço fugidio que existe entre o ontem-hoje-amanhã as pessoas vêm e vão, transitando por nossas vidas.

Aquelas que ontem víamos como permanentes tornaram-se passageiras. Já algumas passageiras, surpresa, fizeram-se permanentes.

Quantas pessoas conhecemos em nossa existência….

Cada pessoa, um mundo a ser descoberto. Únicas. Verdadeiramente singulares.

Conheci pessoas que mostraram-se num momento dignas de caminhar juntas e no momento seguinte, amargos desafetos.

Já outras, desconhecidas, fizeram-se surpresa maravilhosa. Como aquele que encontra sementes em caixas pelo caminho. Semeadores por natureza, lançam as sementes ao solo fértil e cuidam de rega-las. Mesmo sem saber que planta darão. 

E aprendemos a caminhar em Aliança….

Quando recebemos a dádiva de compartilhar nossas vidas com seres tão únicos e especiais, compreendemos que Deus caprichosamente nos fez seres sociais pois na união somos mais fortes.
Na verdadeira união conseguimos viver o mais puro daquilo que o Senhor tem para suas criaturas: o amor.

Aos meus amigos de ontem e de hoje, meu amor e desejo de te-los amanhã caminhando ao meu lado, nos passos do Senhor.

Adriano

quinta-feira, 7 de março de 2013

HOMEM




Coisa surpreendente o homem.
Criatura de Deus, quis ser igual a Ele.
Caiu.
Em Sua Misericórdia e Compaixão, Deus fez-se homem e deu-se em holocausto por nós. Para nos reerguer. 
Mas o homem, esse ser surpreendente, insiste em manter-se no chão, na terra das ilusões, crendo viver no céu que ele vê refletido em uma poça de lama. Seu ventre, suas entranhas o alimentam, tornando para si sua vida. Pensamentos, desejos e atitudes são guiadas por passos incertos, cambaleantes, próprios daqueles que caminham embriagados. E a vida, gratuitamente oferecida e abençoada, transforma-se em pedaços esvoaçantes de nada. Páginas sujas lançadas ao léu. Como ébrios, enxergam sem ver. Falam sem sentir, comem para em seguida vomitar. E o gosto amargo fica na boca. O cheiro nauseante do fracasso inconsciente porém sentido toma conta, e já não sabe o que é perfume ou estrume. Tudo fica igual. Sente nojo do que é belo e tudo aquilo que não lhe é espelho causa-lhe asco e ódio. Besta-homem, já não sabe mais responder a um ato de amor, e os mais singelos gestos são pedras atiradas em sua face. Mais uma vez, o homem esconde-se da presença de Deus, crendo que assim conseguirá esconder sua feiúra espiritual Daquele que tudo vê.
Cada ato, cada pensamento, cada desejo esta marcado com fogo em nossa alma. Sem mascaras, sem pinturas, sem adornos. Apenas o que somos e aquilo que fizemos.

Certo?

Errado. 

Apenas o diabo enxerga o que fizemos e nos condena pelo nosso passado. Deus vê e sabe, mas não condena. Ama e espera. Se há arrependimento, é o filho pródigo que volta aos braços e cuidados do Pai. Suas vestes são trocadas e toda sujeira é lavada. Se não há arrependimento, o homem por si mesmo entrega sua vida a satanás, que brinca com suas misérias e medos. É a dor, o fracasso, o sofrimento, a culpa, o desespero. A morte.

Mas o Pai, ainda assim, ama e espera. Espera pelo quê? Por uma palavra: "Perdão". 
No arrependimento sincero Deus faz o milagre da libertação. Dor faz-se ventura, fracasso em vitória, sofrimento em regozijo, desespero em esperança. Morte em renascimento. O verdadeiro milagre de Renascer em Cristo.



Desejo, que meu clamor se faça ouvir em todos os corações sinceros. Onde há muito pecado, Deus faz derramar a Graça. 



Uma palavra. 

O mais, Deus fará.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Casa Antiga

       
Tudo começa com um desejo. Olhamos para um lugar e lá imaginamos construir uma casa.

Em seguida traçamos um projeto e começamos a construção. Aos poucos o desejo toma forma. Torna-se real. Com cores, formas, texturas..

Depois de algum tempo ele está lá. O desejo materializado. E nele habitamos. E nos debruçamos sobre nosso objeto de desejo.                  
                                                         
Assim é a vida de todo vivente...

Nascidos de um desejo, ao darmo-nos conta de quem somos passamos a projetar nossa vida. E tomamos decisões que vão construindo o edificio: nossa vida, materializada em cores, formas, texturas...

Um dia, enfim, nossa construção esta pronta. O edificio de nossa vida está concluído e nos debruçamos a contemplá-lo.

Neste momento solene, quando não nos restar mais nada a fazer senão contemplar nossa obra, o que veremos?

Repousaremos serenos nosso olhar em cada cômodo, certos que tudo foi construído com o melhor que pudemos dar?

Os melhores materiais foram ali utilizados?

Cada parte foi construída com nosso melhor,  cada tarefa realizada com o máximo empenho?     

Ali, no edifício de nossas vidas, estará registrado, com marcas eternas, o resultado de nossa obra.

Nossa obra-prima...

Ou não.

Tudo dependerá do quanto formos capazes de transformar um bom projeto em algo realmente bom. Um edifício onde tenhamos orgulho, alegria e prazer ao contemplar.

E os valores que empenharmos nesta tarefa determinarão, em definitivo, qual será a morada que habitaremos ao entregarmos nas mãos do Divino Arquiteto, o fruto de nosso trabalho.

Adriano Diniz Costa

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Diamantes e máscaras



Um dia um homem triste olhou para sua vida e pensou "Como posso viver, se tudo o que vejo é escuridão, tristeza e não sei o que é aquilo que chamam de 'esperança'?"

"Como posso prosseguir se meus olhos não vêem, minhas mãos não sentem, e meu coração é apenas o motor de um veículo sem condutor?"

Esse homem, com vergonha de si mesmo, escondeu-se de todos, meio 'Fantasma da Ópera', meio "Fera", totalmente descaracterizado, perdido daquilo que um dia foi chamado de sua 'essência'.

Mas o milagre da vida se manifesta através do segredo espiritual chamado 'União'. Oleiro com o barro, pintor com a tela, lapidário com os diamantes. Sem o trabalho do lapidário a pedra não teria um centésimo do brilho que vemos. É ele quem "desnuda" a gema, para que se mostre por completo.

E Deus, em sua soberana sabedoria, entrega o material ao executor adequado, pois Ele sabe, desde o início, que a semente de Amor puro cultivada por Ele nos corações em alguns germina e cresce.

E essas pessoas, essas raras pessoas fazem a diferença na história de outras pessoas.

E vasos são moldados, pinturas nascem, jóias brilham. O valor estava lá, presente na pedra bruta depositada na lama, envolta em elementos menos nobres.

Mas foram as mãos de amor que a fizeram brilhar.

Assim é você, com seus olhos lapidários, meu Bem Querer.

Ao Pai das Luzes, meu mais profundo agradecimento pela alegria de saber que você existe.

Amo você, Bem Querer.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Olhares no Tempo




Houve um tempo que meus olhos olhavam o mundo e desejavam torná-lo melhor. 
Houve um tempo em que era incapaz de ver o sofrimento do meu irmão e permanecer indiferente.
Houve um tempo que as injustiças do mundo faziam meu corpo queimar de indignação.
Houve um tempo, há muito tempo, que decidi sair da posição de espectador desse mundo feio e triste, repleto de dores e angústias, e passar a fazer parte, de alguma forma, da sua reforma.
Na inocência da juventude participei de movimentos sociais, grupos, associações e até irmandades.
Na vida adulta, um pouco menos inocente e ingênuo, decidi dedicar minha vida profissional a tarefa de tornar a vida de outras pessoas menos injusta e abracei a causa de Direitos Humanos no Trabalho. Enfrentei homens que escravizavam outros homens, mulheres e crianças. Lutei contra o trabalho infantil, discriminação no ambiente de trabalho, assédio moral e sexual. Busquei proporcionar condições dignas de saúde e segurança para os trabalhadores. Ajudei a criar normas internacionais de proteção aos direitos dos trabalhadores. Ameaçado de morte mais de uma vez, fiz o que me propus. E consegui ver bons frutos de meu trabalho na vida de muitos.
Mas o vazio fazia eco em mim e sentia que era pouco, muito pouco, o que oferecia ao mundo. Pessoas continuavam sendo escravizadas, crianças com sua infância roubada, velhos trabalhando à exaustão para ter direito a um teto e algum alimento. Por onde andava continuava vendo dor nos olhos daqueles por quem eu trabalhava. Para cada empresa que eu ajudava a melhorar as condições de trabalho, centenas se levantavam para produzir em condições sub-humanas. E isso me doía. Como se minha vida fosse inútil para mudar mesmo o pequeno mundo de minhas relações.
Então compreendi. “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?” (Marcos 8:36)
Se quero sementes que nasçam para um mundo melhor, devo semeá-las não no corpo, onde o tempo inevitavelmente levará, mas na alma e espírito, para que produzam 100 por 1, pois “uma alma que se eleva, eleva o mundo inteiro” (Elisabeth Leseur).
Se quero ver o mundo que deixo de herança para meus filhos melhor, devo plantar nos seus corações sementes de verdades eternas, “onde nem a traça nem a ferrugem consomem” (Mateus 6:20)
Se quero ver empresários enxergando seus trabalhadores como seres humanos, e ver trabalhadores compreendendo a responsabilidade de seu trabalho, devo derramar no coração deles água que sacia. “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (João 4:14)
Porque todos, empresários, trabalhadores, jovens e velhos, homens e mulheres, todos sem exceção, trazem em si uma sede e uma dor que nunca cessa, antes aumenta a cada dia, a cada notícia trágica. “Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? (Mateus 6:25)
E toda e qualquer transformação de comportamento deve necessariamente nascer no mais profundo de cada indivíduo. Em seu espírito. Mas o espírito só é tocado por outro espírito. Não podemos dialogar com o espírito através da carne. Os resultados serão catastróficos.Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mateus 6:24)
Mas aquele que tem suas convicções espirituais transformadas, já não vive na carne, mas tem domínio sobre ela. E essa autoridade o habilita a transcender a ponte que separa os corações, através de um olhar transformador, pois “a candeia do corpo são os olhos, de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz” (Mateus 6:22)
E não existem desafios no mundo que sejam impossíveis. 
Não existem sementes que deixem de frutificar. 
E a transformação do mundo será realidade. Cada qual em seu mundo de relações, será capaz de plantar sementes tão profundas que nem a pior das tempestades será capaz de arrancar. 
E acredito, firmemente, que o sonho de um mundo melhor, por muitos considerado utópico, será realidade. Hoje busco essa transformação com outras armas.
A começar por mim.

sábado, 21 de abril de 2012

LIbertas Qae Sera Tamen

(Texto que escrevi há mais de uma década...) Quem não se emociona quando lê (o que raramente acontece) a história dos Inconfidentes? “Liberdade ainda que tardia” era o seu lema. Vemos então figuras como o Alferes da Cavalaria Real Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes, o desembargador e poeta Tomaz Antônio Gonzaga, o advogado e poeta Cláudio Manuel da Costa, o Coronel José Inácio de Alvarenga Peixoto, José Álvares Maciel e os padres Rolim e Toledo, entre outros. Homens que lutaram pelo ideal de liberdade. Dentre os mais conhecidos, vemos a figura de Tiradentes que, preso e julgado pelo Estado, foi enforcado, esquartejado, degolado, e seus restos mortais expostos em praça pública, como um alerta a novos “arautos da liberdade”. Essa história, tal como acontece com as fábulas infantis, caem logo no esquecimento. Anos e séculos passam e vemos novos movimentos em busca da tão almejada “liberdade”. Vemos a Independência e a proclamação da República. Vemos o Estado repressor na figura do Governo Militar, e os novos “Tiradentes”, exilados e “desaparecidos” que se levantaram contra o “Estado”. Passa o tempo e o “Sol da Liberdade em raios fúlgidos” brilha novamente com o advento da “Democracia”. “Diretas Já”, ganha Tancredo, morre Tancredo, ganha Collor, cai Collor, ganha FHC, ganha FHC, e tudo parece ter, finalmente, encontrado um ponto de equilíbrio mínimo. A liberdade, aquela liberdade lema dos Inconfidentes, parece finalmente ter sido alcançada. Então, numa bela manhã do novo milênio, eu, gozando da minha “liberdade”, leio a seguinte manchete: “Pedreiro libertado pela Justiça prefere ficar na prisão”. A notícia ironicamente fala de um Inácio, de um Silva, igual aos Inconfidentes. Trata-se do ex-servente de pedreiro Alírio Inácio da Silva, condenado à prisão pelo “Estado” por haver matado um homem que lhe devia R$ 35,00. Imediatamente lembrei do ideal de Liberdade por tantos e por tanto tempo perseguido. Inevitável reflexão sacudiu meus pensamentos. “Libertas quae sera tamen”. Liberdade ainda que tardia. O novo Inácio foi condenado pelo Estado a uma pena de seis anos de detenção. Por apresentar, desde o primeiro dia de cumprimento da pena, conduta exemplar, conquistou a simpatia e respeito de todos. Colegas de prisão, policiais e até o delegado aprenderam a gostar do condenado. Isso rendeu-lhe o decreto de soltura e liberdade condicional proferido pelo juiz da comarca. Diferentemente do Silva esquartejado e degolado pelo Estado, esse Silva foi libertado após cumprir um terço da pena de detenção. Mas preferiu ficar preso. Sem “Liberdade”. A sua “Liberdade” já é “tardia”. Simples, pobre e ex-presidiário, o Silva sabe que não existe mais lugar para ele entre nós. Ele já foi esquartejado, degolado e exposto em praça pública perante todos os “homens de bem” da sociedade. Resta enterrá-lo. Por conhecer bem a sua “sentença”, o Silva do novo milênio solicitou ao juiz que decretou a sua “liberdade” que o mantivesse “preso”. Para ele, a única chance de ter o seus direitos de “cidadão”, de “ser humano” respeitados e garantidos na sociedade é permanecendo atrás das grades da prisão, onde terá trabalho, comida e teto. Resta a questão: por seu erro, esse homem cumpriu a pena que o Estado considerou justa. Mas ele sabe que a pena imposta pela sociedade será muito mais dura e cruel que a prisão. E qual será a pena aplicável e justa à sociedade por não oferecer a mínima condição de reintegração àqueles que já conquistaram seu direito à liberdade? Percebo, então, que o ideal de liberdade há tanto tempo perseguido ainda está longe de ser alcançado. As prisões da indiferença e do preconceito possuem grades mais poderosas que aquelas que “prendem” o Silva. Para essas, não existe liberdade.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

DESPERTAR - Uma homenagem




“Com minha alma suspiro de noite por ti e, com o meu espírito dentro de mim, eu te procuro diligentemente; porque, quando os teus juízos reinam na terra, os moradores do mundo aprendem justiça” (Isaías 26:9)


“Pense em sua vida. Desde o dia em que nasceu. O que consegue lembrar? Seus dias correm apressados, e o que foi em breve não fará mais parte de sua existência. As emoções vividas, os gestos, alegrias, tristezas, anseios, sonhos. Peças de um passado totalmente inacessível a nós. Por mais que desejemos revivê-lo, o passado está aprisionado na casa do ontem. Não se pode voltar atrás, não se pode refazer os dias vividos. Com cores permanentes são os momentos pintados na tela viva do presente. Das folhas esparsas da memória erguemos altares, para neles depositarmos ofertas, como presentes do nosso “presente” ao passado. Cultuamos o passado, (re)vivemos alegrias e dores, remoemos como em máquinas trituradoras toda uma gama de sentimentos. Como na tela de um computador ou um televisor, vemos, ouvimos e até sentimos, mas não podemos tocar. Se tentamos tocar aquilo que não existe mais, nossos dedos esfriam na tela onde está escrito “intocável”. Então, porque certas emoções são tão vivas, tão cortantes, mesmo estando no passado que já não vivemos? É porque ainda não Renascemos.”

Desde criança olho para a vida de maneira especial. Busco nela explicações, sentido. Desde sempre busquei a Deus. Desde muito cedo decidi dedicar a minha vida a um objetivo maior. E olhava o mundo e as pessoas buscando alguém em quem me inspirar. Então descobri Jesus. Mas Jesus sem os olhos do Espírito Santo não é Jesus Pleno, é um reflexo, e como reflexo traz distorções. E estas distorções quase me mataram. O humanismo e as falsas crenças viram meu coração sincero como corvos veem uma presa atraente. Às portas da morte física e espiritual vi meus mais belos sonhos serem despedaçados por uma visão sem perspectivas. Tristeza profunda, quedas, feiúra de alma, corpo alquebrado.

Orei, orei, orei.

Pedi a Deus “se nasci para ser igual aos que fracassaram, que meus dias sejam esvaziados e o Senhor me leve, pois não quero uma vida assim”. Pedi para renascer. Mas estava cego.

Então Deus começou sua obra em mim.

Caminhando pelo deserto, onde os dias são escaldantes aos pés, torturante aos olhos e sufocante ao respirar, e as noites são vento frio que gela a alma e faz arrepiar o coração, toquei com mãos vacilantes uma miragem. Fugacidade de um por-do-Sol. Brevidade de uma bolha de sabão. Sutileza de uma brisa que brinca entre galhos e folhas.

E minha alma que havia esquecido da alegria, sorriu. E o anjo tocou com suas asas o feio que havia em mim. “Mas sou feio, sujo, triste”. “Não”, foi a resposta. “Você é lindo, é um grande homem, a pessoa que aprendi a amar e Bem Querer”.

E voltei a caminhar. Confesso que não me lembro como fui capaz. O fato é que passos outrora vacilantes fizeram-se firmes e iniciei passos de marcha. Quando dois corações sinceros caminham juntos, estabelece-se a Aliança, e já não é mais um, mas dois que elevam aos céus suas orações e súplicas. E Deus não rejeita um coração com o sincero desejo de servir.

Como metais em estado bruto, fez-se necessário que fossemos jogados ao Fogo, para que queimasse tudo aquilo que não fosse Divino em nós, e nada mais restasse que não a pura essência do Criador, sem deformidades.

Mas Deus, em Sua Sabedoria, compreende que Suas criaturas são falhas, frágeis e como pequenas mudas de grandes árvores, necessitam de jardineiros diligentes que cuidem para que a Obra se faça. “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento” (1 Coríntios 3:6).

Então a Graça se manifestou e trouxe a voz profética que dá a força que nasce da Fé, “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hebreus 11:1). E o que era miragem se fez certeza pela Fé, e o caminhar tornou-se em marcha. Marcha de guerra.

Para que o tronco e os galhos se fortalecessem, tempestades tiveram que arrebentar até ao limite as tenras árvores. A secura veio, para que as raízes penetrassem profundamente no solo, em busca da Água Viva, criando uma robustez ao tronco que só o rigor do deserto é capaz de gerar.

Então pudemos compreender em Espírito e Verdade o que é crer no Cristo Vivo, quando nossos olhos passaram a ver que, aquele que crê, é capaz de viver as promessas e tornam-se jardineiros, obreiros no Arado das Obras Eternas, para que mudas de esperança transformem-se em florestas de restauração, vigor e excelência.

Aprouve a Deus que neste momento de nossas vidas, em meio a guerra travada no mundo espiritual por nossas almas, fossemos entregues nas mãos amorosas e firmes de um obreiro fiel, forjado pelas mãos do Criador para ser Sua Voz entre os homens.

Com ousadia que desafia os rebeldes, traz à luz a hipocrisia dominante.

Com inovação, nova-ação, traz à existência aquilo que “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano” (1 Coríntios 2:9).

Como bom pastor, resgata ovelhas de lugares ermos, sombrios “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam” (Salmos 23:4).

Como homem, nos ensina pelo exemplo que pode-se viver no mundo sem ser do mundo, sem alimentar-se dos erros do mundo.

Como amigo, oferece consolo, atenção e cuidado àqueles que sofrem.

Como educador, nos ensina a sublime tarefa de educarmo-nos pela orientação do Espírito Santo.

Como médico de corpo e de almas, cura feridas, limpa por dentro e por fora.

Como guerreiro, nos ensina a utilizar as armas espirituais que nos foram entregues pelo próprio Pai.

Como Profeta, lança a Palavra de Deus para aqueles que creem. E os milagres acontecem.

Como Apóstolo, segue as pegadas de Jesus e, enviado à seara, põe mãos no arado e muda a história de milhares.

Pastor, Homem, Amigo, Educador, Guerreiro, Profeta, Apóstolo.

Pai querido que toca nossas vidas com gestos de esperança, pois nos ensina a crer nas promessas divinas, e nos habilita a viver aquilo que cremos.

Servo de Deus, amigo da última hora, hora crucial de posicionamento ou destruição, somos gratos a Deus que nos ensina pelos seus exemplos, nos mostra que é possível, e vendo, conseguimos crer, crendo conseguimos viver, vivendo conseguimos transformar, conseguimos RENASCER em nós o brilho que vivificou os cristãos no despertar do Cristianismo. Renascidos em Cristo, conseguimos enfim caminhar confiantes na chegada à Vida Eterna, onde seremos recebidos pelos Braços Amorosos do Pai.

Este é o meu testemunho de gratidão pela sua vida, Apóstolo Estevam Hernandes

By Adriano Diniz Costa