domingo, 14 de abril de 2013

PRESENTE



(By @adrianodiniz73)

"Pessoas são um presente".

Um dia li isso. E endurecido que estava, li mas não senti.

Hoje compreendo enfim o significado.
No espaço fugidio que existe entre o ontem-hoje-amanhã as pessoas vêm e vão, transitando por nossas vidas.

Aquelas que ontem víamos como permanentes tornaram-se passageiras. Já algumas passageiras, surpresa, fizeram-se permanentes.

Quantas pessoas conhecemos em nossa existência….

Cada pessoa, um mundo a ser descoberto. Únicas. Verdadeiramente singulares.

Conheci pessoas que mostraram-se num momento dignas de caminhar juntas e no momento seguinte, amargos desafetos.

Já outras, desconhecidas, fizeram-se surpresa maravilhosa. Como aquele que encontra sementes em caixas pelo caminho. Semeadores por natureza, lançam as sementes ao solo fértil e cuidam de rega-las. Mesmo sem saber que planta darão. 

E aprendemos a caminhar em Aliança….

Quando recebemos a dádiva de compartilhar nossas vidas com seres tão únicos e especiais, compreendemos que Deus caprichosamente nos fez seres sociais pois na união somos mais fortes.
Na verdadeira união conseguimos viver o mais puro daquilo que o Senhor tem para suas criaturas: o amor.

Aos meus amigos de ontem e de hoje, meu amor e desejo de te-los amanhã caminhando ao meu lado, nos passos do Senhor.

Adriano

quinta-feira, 7 de março de 2013

HOMEM




Coisa surpreendente o homem.
Criatura de Deus, quis ser igual a Ele.
Caiu.
Em Sua Misericórdia e Compaixão, Deus fez-se homem e deu-se em holocausto por nós. Para nos reerguer. 
Mas o homem, esse ser surpreendente, insiste em manter-se no chão, na terra das ilusões, crendo viver no céu que ele vê refletido em uma poça de lama. Seu ventre, suas entranhas o alimentam, tornando para si sua vida. Pensamentos, desejos e atitudes são guiadas por passos incertos, cambaleantes, próprios daqueles que caminham embriagados. E a vida, gratuitamente oferecida e abençoada, transforma-se em pedaços esvoaçantes de nada. Páginas sujas lançadas ao léu. Como ébrios, enxergam sem ver. Falam sem sentir, comem para em seguida vomitar. E o gosto amargo fica na boca. O cheiro nauseante do fracasso inconsciente porém sentido toma conta, e já não sabe o que é perfume ou estrume. Tudo fica igual. Sente nojo do que é belo e tudo aquilo que não lhe é espelho causa-lhe asco e ódio. Besta-homem, já não sabe mais responder a um ato de amor, e os mais singelos gestos são pedras atiradas em sua face. Mais uma vez, o homem esconde-se da presença de Deus, crendo que assim conseguirá esconder sua feiúra espiritual Daquele que tudo vê.
Cada ato, cada pensamento, cada desejo esta marcado com fogo em nossa alma. Sem mascaras, sem pinturas, sem adornos. Apenas o que somos e aquilo que fizemos.

Certo?

Errado. 

Apenas o diabo enxerga o que fizemos e nos condena pelo nosso passado. Deus vê e sabe, mas não condena. Ama e espera. Se há arrependimento, é o filho pródigo que volta aos braços e cuidados do Pai. Suas vestes são trocadas e toda sujeira é lavada. Se não há arrependimento, o homem por si mesmo entrega sua vida a satanás, que brinca com suas misérias e medos. É a dor, o fracasso, o sofrimento, a culpa, o desespero. A morte.

Mas o Pai, ainda assim, ama e espera. Espera pelo quê? Por uma palavra: "Perdão". 
No arrependimento sincero Deus faz o milagre da libertação. Dor faz-se ventura, fracasso em vitória, sofrimento em regozijo, desespero em esperança. Morte em renascimento. O verdadeiro milagre de Renascer em Cristo.



Desejo, que meu clamor se faça ouvir em todos os corações sinceros. Onde há muito pecado, Deus faz derramar a Graça. 



Uma palavra. 

O mais, Deus fará.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Casa Antiga

       
Tudo começa com um desejo. Olhamos para um lugar e lá imaginamos construir uma casa.

Em seguida traçamos um projeto e começamos a construção. Aos poucos o desejo toma forma. Torna-se real. Com cores, formas, texturas..

Depois de algum tempo ele está lá. O desejo materializado. E nele habitamos. E nos debruçamos sobre nosso objeto de desejo.                  
                                                         
Assim é a vida de todo vivente...

Nascidos de um desejo, ao darmo-nos conta de quem somos passamos a projetar nossa vida. E tomamos decisões que vão construindo o edificio: nossa vida, materializada em cores, formas, texturas...

Um dia, enfim, nossa construção esta pronta. O edificio de nossa vida está concluído e nos debruçamos a contemplá-lo.

Neste momento solene, quando não nos restar mais nada a fazer senão contemplar nossa obra, o que veremos?

Repousaremos serenos nosso olhar em cada cômodo, certos que tudo foi construído com o melhor que pudemos dar?

Os melhores materiais foram ali utilizados?

Cada parte foi construída com nosso melhor,  cada tarefa realizada com o máximo empenho?     

Ali, no edifício de nossas vidas, estará registrado, com marcas eternas, o resultado de nossa obra.

Nossa obra-prima...

Ou não.

Tudo dependerá do quanto formos capazes de transformar um bom projeto em algo realmente bom. Um edifício onde tenhamos orgulho, alegria e prazer ao contemplar.

E os valores que empenharmos nesta tarefa determinarão, em definitivo, qual será a morada que habitaremos ao entregarmos nas mãos do Divino Arquiteto, o fruto de nosso trabalho.

Adriano Diniz Costa